A exploração do reino animal quase sempre foi uma constante no cotidiano das sociedades, pois ao longo da evolução humana, a natureza sempre foi primordial para a subsistência do ser humano, já que é a partir dela dela que toda as atividades de sobrevivência foram norteada, como a coleta de frutos e sementes, a caça e a pesca, seguidas da agricultura e da criação animal. No entanto, a exploração da natureza não se deu somente para a subsistência da espécie humana, foi dessa exploração que começou a haver acúmulo de capital (THOMAS 1983). Não diferente disso, a economia da Amazônia Oitocentista seguiu tal qual ao modelo de exploração da natureza com o agroextrativismo, sendo que esse modelo econômico, tem seu apogeu no período da segunda metade do século XIX, em que houve o maior volume de recursos arrecadados proveniente das exploração da borracha (DE LIMA LEANDRO 2020). No entanto, essa atividade econômica não se baseava somente na coleta do látex nos seringais, outros produtos originários da natureza como o cacau, o cravo, a salsa e as peles de animais, também faziam parte dos produtos produzidos, coletados, exportados e consumidos pela província do Grão-Pará. Nesse sentido, esse estudo visa compreender a rede de comércio em torno das peles de animais silvestre, buscando analisar seus aspectos econômicos e sociais, assim, para atingir tal objetivo, a pesquisa tem se atido em colher dados econômicos presentes no periódicos de maior circulação no séc. 19, como o Jornal Treze de Maio, o jornal O liberal, A Época, folha política commercia e noticiosa, para assim verificar qual o destino final das peles dos animais silvestres, se havia uma rede de comércio de pele consolidada entre o Pará e o exterior, isto é uma rede internacional, assim como existência da mesma dentro do império e posteriormente da república, e não deixando de considerar quem são os sujeitos que viabilizaram esta possível rede e como essa factível rede comercial teria contribuído para a balança comercial dessa região.
Palavras-chave: História econômica. Agroextrativismo. Amazônia Oitosentista.
Calebe Sousa Ferreira Serra
em resposta ao Trabalho
Clareza na explanação da pesquisa, tanto no resumo quanto na apresentação presencial, a qual tive o prazer de ouvir. Investigação bem fundamentada, resultados relevantes. Demonstra domínio do referencial teórico-metodológico e das informações tangentes ao ensaio propriamente dito. O potencial da presente e das futuras contribuições do discente ao campo é promissor.