O antagonismo entre a lei e o cotidiano. Um estudo sobre a administração de Clemente de Almeida Pereira na vila Gurupá (1760-1764)

Publicado em: 05/03/2024
Autor(a) principal: João Marcelo Cunha Correia
Co-autor(es): -
Orientador(a): Karl Heinz Arenz
Área temática: História e Política

As reformas pombalinas foram uma série de medidas que foram adotadas em 1755 e  1757, por Sebastião José de Carvalho e Melo, e que mais tarde receberiam o nome de Marquês de Pombal. Após um período de atraso econômico e político que Portugal afundou-se no século XVIII e institucionalizado na sociedade portuguesa através do imaginário que era difundido pela a Academia Real de Ciências de Lisboa. Pombal associou o tal período ao estabelecimento da Companhia de Jesus e o espalhamento de sua influência na coroa. Visando isso, foi implementado as reformas pombalinas que tinham como principal objetivo modernizar a administração pública da coroa. Para isso, os principais intuitos da reforma eram a organização econômica, política e cultural do reino. Além disso, a consolidação de uma nova forma de relação política entre a Metrópole e a colônia que culminou na secularização dos aldeamentos. Porém, quando analisamos o cotidiano da importante vila de Gurupá durante parte do primeiro decênio pós-reformas, percebemos a subversão das leis que foram estabelecidas na década de 1750 por parte do diretor capitão Clemente de Almeida Pereira e os cabos de canoas que comumente passavam pela localidade. Compreendemos tal período como uma zona opaca, afinal de contas, como aponta a historiografia, a reforma pombalina foi inicialmente experimentada no norte da colônia portuguesa na América, e mais tarde estendida para outras regiões do território luso brasileiro. O presente estudo visa compreender como a reforma de Sebastião José de Carvalho e Melo estava sujeita a arbitrariedade dos diretores, cabos de canoas e indígenas que estavam sob regimento da dita lei. Para isso, utilizamos o conceito de micro história a partir da análise da administração do astuto e estratégico diretor e capitão da fortaleza e vila de Gurupá, Clemente de Almeida Pereira, para compreender as práticas de subversão que culminaram na revogação das leis pombalinas no final do século XVIII.

Palavras-chave: Reformas pombalinas. Subversões. Cotidiano. Gurupá.

  1. João Pedro Alves Das Neves Costa

    em resposta ao Trabalho

    8 de março de 2024

    Uma ótima escrita, apresentação impecável autor com um ótimo desenvolvimento.

  2. Adriely Nazaré Almeida de Souza

    em resposta ao Trabalho

    8 de março de 2024

    Incrível pesquisa, tema muito interessante

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