Foram impetrados, na cidade de Belém entre 1916 e 1940, diversos processos de desquite. As motivações para que as sortidas ações obtivessem atenção da justiça paraense foram variadas, por exemplo, adultério, abandono do lar, sevícias e injúrias graves. No entanto, o alvo interpretativo da presente pesquisa não se concentra, efetivamente, nas presumíveis ocorrências a envolver os cônjuges, ou seja, nas razões que os levaram aos corredores do judiciário paraense, mas sim no entendimento histórico de como os diversificados parentes, quais sejam: sogros(as), cunhados(as), irmãos(a), tios(as), primos(as), bem como vizinhos(as), conhecidos(as) e amigos(as), foram envolvidos nas desinteligências a cingir separações contenciosa e amigável na cidade de Belém. A pesquisa apresentada é produto direto da iniciação científica, portanto, o recorte temporal escolhido parte de um plano de trabalho previamente definido, onde o critério adotado para a sistematização da documentação é o da compilação, onde busca-se agrupar o máximo de documentação em que os parentes são agentes decisivos nos jogos de influência. Desse modo, a presente investigação se concentra na discussão acerca de como os agentes familiares constituíram influências na vida matrimonial dos cônjuges, de forma que as influências exercidas eram capazes de orquestrar ou estorvar processos de separação na capital belenense.
Palavras-chave: Desquite. Família. Belém.