O presente trabalho busca discutir a produção do conhecimento histórico no espaço escolar brasileiro, em específico nas escolas da rede básica de ensino do Rio Grande do Norte, no contexto da pandemia do novo coronavírus, ocorrida nos anos de 2020-2021. A partir de relatos de experiências, o texto busca refletir sobre as demandas provocadas pelo que se convencionou chamar de ensino remoto emergencial, apresentando as dificuldades e possibilidades encontradas por professores, alunos e comunidade escolar, para o desenvolvimento do conhecimento histórico em um período de transformação do espaço escolar, a partir da possibilidade de aulas remotas nos espaços virtuais de ensino e aprendizagem. Nesse ínterim, compreendendo a realidade de emergência sanitária que se impunha, o trabalho também discute como questões políticas, socioeconômicas tais como formas com as quais as ações das instituições governamentais se refletiram no acesso a esse “novo espaço escolar”, produzindo, por vezes processos de exclusão digital e trazendo um questionamento para as pesquisas sobre ensino de história: qual ensino e aprendizagem histórica foi possível de ser realizado no contexto da pandemia do novo coronavírus? Essa é uma pergunta que pode contribuir para pensarmos nos caminhos para a aprendizagem histórica a partir do impacto da pandemia do coronavírus.
Palavras-chave: Ensino de história. Espaço escolar. Ensino remoto emergencial.