O objetivo desta comunicação é o de discutir como a circulação de mercadorias europeias nos sertões amazônicos esteve atrelada a três formas de relação com grupos indígenas: de um lado, os processos de escravização de indígenas; de outro lado, as formas de negociação com nações indígenas do sertão; finalmente, os modos de remuneração do trabalho indígenas nas vilas de índios. Defende-se que os interesses e demandas de grupos indígenas, tanto aldeados como habitantes do sertão, tiveram um papel importante nos fluxos atlânticos de mercadorias entre o mundo amazônico e a Europa, tanto de gêneros produzidos na própria região amazônica, como de bens consumidos e ressignificados por eles.
Palavras-chave: Amazônia. Mercadorias. Séculos XVII-XVIII.