Este texto trata de Silvia Noemi Tolchinsky, a “Chella” primeiramente militante montonera, que exerceu um papel importante na guerrilha e que em sua trajetória, também, atuou enquanto delatora de guerrilheiros, uma “marcadora”. O substrato para análise histórica são os processos judiciais em que foi ré e vítima, entrelaçados com a historiografia do tema, com um mote voltado às figuras femininas. Buscando demonstrar o duplo papel que exerceu durante os anos da Operação Condor, e desta forma abordar as ditaduras de segurança nacional no Cone Sul, durante os mais recentes regimes castrenses vivenciados na região. Colocar em pauta os múltiplos papéis que indivíduos exercem durante regimes ditatoriais e analisar as narrativas que foram empregadas à Silvia: militante, guerrilheira, traidora, criminosa, vítima? A metodologia é de exegese dos processos crime que Tolchinsky foi inserida, reportagens e relatos de companheiras e companheiros. Enquanto substrato teórico Calloni, Sarlo e Calveiro são basilares para compreender os testemunhos, bem como Gangnebin e Catroga no campo da memória.
Palavras-chave: Operação Condor. Ditadura de segurança nacional. Memória. Testemunho.