(des)caminhos do ensino de História da África na Base Nacional Comum Curricular

Autor(a) principal: Nádia Narcisa de Brito Santos
Co-autor(a): -

Resultante de disputas curriculares, políticas e sociais, a BNCC fora elaborada de forma a normatizar os currículos das escolas públicas e privadas do Brasil. Neste artigo, nosso objetivo fora analisar como a Base para o Ensino Médio, configurou propostas para o ensino de História da África, haja vista que o componente curricular História passou a ser diluído dentro da área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. O momento de sanção da Base, ano de 2018, é o recorte temporal que rege este trabalho, assim como o trabalho justifica-se pelo fato de a Base ser um documento normativo que rege a orientação do trabalho docente e os conhecimentos mínimos que todos os estudantes do país devem adquirir em sua formação básica. A tessitura de compreensão da História deste trabalho consiste na abordagem decolonial a partir de Quijano (2000), assim como a discussão de currículo de Arroyo (2013) e Sacristán e Goméz (1988). Notamos que a Base expressa um projeto educativo de grupos conservadores da sociedade, que, aos poucos, almejam minguar o ensino de História e, como resultado, o ensino de história da África, durante a etapa do Ensino Médio, isso tudo a partir de um reforço do eurocentrismo ao enxergar a África apenas como ponto de origem para verificar a presença dos povos afrodiaspóricos no Brasil.

 Palavras-chave: Ensino Médio. Base Nacional Comum Curricular. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. História da África.