Entre meados de 2009 e 2010, a telenovela Viver a Vida, de autoria de Manoel Carlos, produziu um acontecimento histórico na teledramaturgia. No período em ênfase, a atriz Taís Araújo viveu a primeira Helena negra escrita pelo autor. Porém, viu-se na tela emaranhados de uma história que, em cena, não refletia muitos elementos emancipatórios na invenção da Helena em estudo. Tais aspectos contribuíram para que a personagem fosse lida como uma protagonista que existiu em um lugar de sujeição e submissão àqueles que transitavam em sua vida. Sendo assim, o presente texto aborda parte de conflitos e tensões experienciadas pela personagem feminina Helena na telenovela Viver a Vida. A partir da obra, analisa-se a personagem e elementos de sua história permeados nas esferas que lançam focos de luz à problemática da narrativa. Quanto ao corpus documental, o texto construiu-se através da sinopse da obra posta no portal Memória Globo e dos diálogos das personagens em uma cena do capítulo 55 aliadas a entrevistas concedidas pelo autor.
Palavras-chave: Subjetividade. Sujeição. Personagem feminina. Telenovela.