O golpe de 64 e as movimentações da Associação Comercial de Pelotas – RS

Autor(a) principal: Leonardo Silva Amaral
Co-autor(a): -

Partindo do contexto do golpe civil-militar de 1964, muitas articulações foram se desenvolvendo com o interesse conquistar espaços e angariar recursos em níveis coletivos e individuais. Dentro desse arranjo, a Associação Comercial de Pelotas (ACP), da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, se torna uma engrenagem importante, não somente a nível municipal, mas com ligações no âmbito nacional, a ACP, desde sua formação teve em sua base uma constituição elitista, formada por grandes proprietários de terras e criadores de gado, principalmente voltados a produção de charque, ao longo do século XIX e início do século XX. Compreendendo essa conjuntura, é que se insere o presente trabalho, com a intenção de avançar o recorte temporal, a partir de 1950 até 1970, tendo como finalidade entender a que nível pode haver ligações da elite de um período republicano, com aquela posterior ao regime varguista. Buscando, desse modo, a partir de uma análise prosopográfica, com as fontes disponíveis, observar os indivíduos que faziam parte da entidade durante o período citado, dialogando com os espaços onde eles concentravam sua principal atividade, seja no campo político, ou no econômico, usando assim a entidade como eixo central na manutenção do seu status. Com base nessas considerações, vale ressaltar que até o presente momento as breves análises documentais apontam para um grande movimento anticomunista dentro da ACP, e uma clara movimentação em apoio ao golpe de 1964, ainda que seja perceptível um apoio aos governos anteriores e uma tentativa externa de se declararem apartidários.

 Palavras-chave: Pelotas. Ditadura Militar. Elite. Associação.