O presente artigo analisa enlaces da cultura teresinense nos anos 1970 a partir da passagem de um “bruxo” pela capital do Piauí. O trânsito desse sujeito pela cidade permite discutir acerca da religiosidade, dos espaços de sociabilidade e o papel desempenhado pela imprensa nessa localidade. Nosso trabalho adota como suporte de pesquisa matérias jornalísticas publicadas nesse período e documentos oficiais, a partir de um trabalho empírico, balizado pelas dimensões de História e Imprensa. O objetivo geral desse trabalho é analisar a dimensão do texto inserido dentro de um determinado contexto, acreditamos que o espaço e o tempo de produção de determinado material interferem diretamente na sua forma, dessa maneira situamos o recorte espacial de Teresina e temporal dos anos 1970 como eixos determinantes para nossa análise. O aspecto político atravessa nossa análise, destacamos o Regime Militar e a Guerra Fria como marcos desse contexto, embutidos no imaginário popular, impactando a forma como os sujeitos interpretavam as informações. Nosso trabalho é estabelecido em articulação com discussões dos trabalhos de Michel de Certeau (1982), Fernand Braudel (1965), Daniel Samways (2014), Francisco Alcides Nascimento (2017), Mariana Resende Corrêa (2014) e Cláudia França (2014).
Palavras-chave: Escrita da História. Jornalismo. Atividades paranormais. Ditadura militar. Teresina.