O Centro de Memória da Amazônia (CMA) é uma instituição patrimonial que foi criado em 31 de Janeiro de 2007 através do Convênio N° 005/2007 TJPA realizado entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Seu acervo documental compreende o período que vai de 1785 até o ano de 1970. Além do prédio localizado na Travessa Rui Barbosa, em Belém/PA, existe o acervo online que é constantemente alimentado com novos catálogos e digitalizações. Diante de desafios contemporâneos de ampliar a divulgação das fontes a um maior público, a Instituição desenvolve ações digitais que buscam o diálogo entre História Social da Amazônia, História Pública e História Digital na nova era global e sustentável. Desde o seu surgimento, os principais responsáveis pela organização do seu acervo foram os bolsistas da graduação em História, formados e orientados pelos professores da Faculdade de História da UFPA. Essa organização, seguindo as regras das ciências da informação, não deixa de ter sido feita majoritariamente por historiadores. Pode-se dizer o mesmo do acervo digital, também alimentado, organizado e otimizado pelos estudantes de História, tornando-os assim, mesmo que em um nível pequeno, conservadores e divulgadores desse patrimônio. O presente trabalho, ainda em andamento, tem como objetivo fazer um estudo de caso sobre como nasceu e se desenvolveu o acervo digital do CMA e apresentar um breve panorama da trajetória do Centro de Memória da Amazônia dentro do meio digital. A metodologia de pesquisa se constituirá de em uma análise qualitativa dos sites institucionais, o primeiro que foi criado em 2008 e funcionou até 2017, e o segundo que foi desenvolvido em 2017 e funciona até os dias atuais; o uso da História Oral, através de entrevistas a serem realizadas com o ex-bolsistas e servidores do local, tendo como assunto a criação do acervo digital. Partimos do conceito do historiador francês Pierre Nora de Lugares de Memória (1984), que se define como: lugares com uma “vontade de memória”, onde essa perpetuação da memória atravessa um local físico, ou nesse caso virtual, digital. Numa análise inicial, é possível perceber como o site eletrônico do CMA (contendo: páginas web e hipertexto) reflete a vontade dos gestores do Centro em tornar pública a documentação presente no seu acervo, considerando a estrutura do site que não tem uma interface similar a outros acervos digitais, mas isso não os impede de compartilhar suas informações.
Palavras-chave: Acervo digital. Centro de Memória da Amazônia. Lugar de memória.
Erike Gomes Pacheco
em resposta ao Trabalho
Mais um grande trabalho referente à história digital na Amazônia contemporânea desse históriador ainda em formação.