A pesquisa tem como objetivo entender o papel do escravizado negro na sociedade belenense do século xviii a partir das documentações produzidas pela inquisição, bem como as sociabilidades produzidas por essas pessoas no núcleo urbano da capital da Província do Grão-Pará e Maranhão, além de suas relações com os indígenas em um ambiente onde os saberes estavam em constante gênese e mutação. Busca-se, por meio da micro história e do método onomástico, entender essas inter-relações em um período de formação das fronteiras ao norte da colonia, onde a mão de obra escrava, indígena e posteriormente negra, foi essencial para o desenvolvimento da colônia. outrossim, faz-se necessário explorar a aplicação dos conhecimentos desenvolvidos no ensino de história para a educação antirracista no ambiente intra e extra escolar mantendo à vista continuidades e rupturas. A pesquisa encontra-se em processo inicial de produção, com determinadas fontes levantadas e analisadas, portanto já pode ser demonstrada as influências dos cativos na sociedade paraense atual, principalmente nas religiões de matriz africana. as práticas de cura analisadas guardam uma continuidade evidente e o conhecimento autóctone indígena pode ser observado com frequência em pleno sincretismo com saberes africanos e europeus.
Palavras-chave: Escravidão. Religiosidade. Ensino. Inquisição. Amazônia.
Francilene do Rosário Castro Reis
em resposta ao Trabalho
Foi muito interessante observar na explicação as relações sociais estabelecidas a partir da presença do negro, o comportamento dele a partir do que determina a igreja. O método da pesquisa também é interessante
Jenifer Pereira
em resposta ao Trabalho
Importante estudo sobre como a inquisição teve influência na Amazônia. Espero saber mais em breve