Este estudo tem como objetivo compreender os fundamentos internos de produção da vila de Cametá, no final do século XVIII, por meio de uma análise econômica e demográfica. O contexto analisado era marcado pela reorganização das políticas de colonização portuguesa na Amazônia e pela consolidação do cacau como principal produto de exportação da região. A partir do Mapa de Famílias do Estado do Grão Pará e Rio Negro, de 1778, investigamos o uso da força de trabalho escravizada na cacauicultura nessa vila. A análise preliminar dos dados evidencia que, em 1778, 70,14% dos domicílios produziam cacau e 1.301 escravizados estavam envolvidos com a produção de cacau.
Palavras-chave: Posse de cativos. Demografia da escravidão. Economia da escravidão. Amazônia.