O artigo interpreta o pensamento político das elites que imbricaram na trajetória histórica do Brasil, de Império à República. Sobre como seus principais valores ideológicos transicionariam para as primeiras experiências republicanas, sem romper completamente com as tradições autoritárias de suas políticas anteriores. Dialoga sobre as bases democráticas incoerentes devido a presença da violência, da desigualdade social, do racismo científico e do uso tutelar do Estado (patrimonialismo) com a finalidade de notar os objetivos e (re)construir um novo conceito de cidadania, idealizado para o controle da sociedade civil, dentro dos princípios trabalhistas e também voltado para combater as crises na hegemonia política das classes privilegiadas e dos ideais conservadores no Brasil novecentista. Em sua metodologia, traz noções de cidadania, uso político dos Estados modernos e as transições negociadas à brasileira. Revela em seus resultados o potencial das classes elitistas em se reorganizarem e promoverem um desenvolvimento desigual e voltado para o controle das populações nacionais e apagando as populações marginalizadas, principalmente em critérios de etnicidade.
Palavras-chave: Conservadorismo. Ordem Nacional. Democracia racial. Militarismo. Industrialização.