Proponho nessa comunicação analisar as potencialidades que temos no horizonte ao lançamos mão de uma perspectiva êmica, dialogando com as formas pelas quais os indígenas narram sua própria história e como mobilizam e elaboram regimes de historicidade e de compressão do tempo, do mundo, da natureza, dos eventos históricos e “míticos” e das suas espiritualidades, entre outros. Nesse panorama irei trazer a tona um pouco das pesquisas que desenvolvi nos últimos anos que envolvem as resistências indígenas no período colonial, particularmente através das Santidades, e a pesquisa atual que tenho me dedicado que envolve a própria escrita da História indígena por meio e através de outras epistemes e regimes de historicidade não ocidental. Pensando o caminho teórico e metodológico da minha trajetória de pesquisa, na busca pela descolonização da escrita da História Indígena. Partindo dos olhares sobre o tema da pesquisa e suas dimensões ao longo dos últimos anos tendo em vista as experiências históricas indígenas. Primeiro em uma dimensão cultural, logo em seguida em uma perspectiva política e social e finalmente a partir de um aprofundamento e ampliação dessas experiências e seus significados lançando mão dos próprios repertórios indígenas para a compressão dos processos históricos analisados.
Palavras-chave: História Indígena. Descolonização. Cosmohistória.