O presente trabalho propõe uma discussão sobre a busca por direitos trabalhistas em meio à ditadura militar na cidade de Fortaleza entre os anos de 1964 e 1968, período em que após o golpe militar a legislação trabalhista sofre uma série de alterações e que atinge diretamente os trabalhadores de modo geral. Objetivamos discutir as nuances das negociações e conflitos entre empregados e patrões por meio de processos trabalhistas oriundos das Juntas de Conciliação e Julgamento (JCJ) do Tribunal do Trabalho da 7° Região (TRT7-CE), confrontando esse material com fontes diversas, como jornais da época, documentos sindicais e afins. O foco se dará sobre processos de trabalhadores urbanos e ligados a setores essenciais para o funcionamento da atividade econômica loca/nacional, sendo eles ferroviários, portuários e trabalhadores ligados a indústria. Nesse sentido, pretende-se compreender como se organizavam, como ocorriam as negociações e os posicionamentos das juntas trabalhistas diante das demandas peticionadas pelos trabalhadores, tendo em vista as relações de poder (pré)estabelecidas.
Palavras-chave: Direitos trabalhistas. Ditadura militar. Justiça do trabalho. Trabalhadores.