A temática das Drogas do Sertão não é nova na historiografia brasileira, na verdade, o pano de fundo da economia extrativista vem sendo considerada como a base da economia colonial na Amazônia. Não obstante, apesar de serem citadas em larga escala sobre a história economia da Amazônia lusa, nenhum autor explicou, de fato, como se dá a economia das Drogas do Sertão. O presente trabalho, que é fruto da pesquisa que desaguara na tese de doutorado, tem como objetivo trazer novas perspectivas a respeito do tema, que não fiquem presas as tradicionais explicações do controle da economia colonial pelos missionários jesuítas até a sua expulsar e, após esse momento, uma predominância e controle da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Ao contrário, o presente trabalho tenta dar visibilidade a sujeitos antes esquecidos, como os moradores particulares, que se articulavam e enviavam anualmente as canoas ao sertão em busca dos lucros que a economia extrativista desencadeava. Desse modo, ajudando a entender a conquista e a incorporação do espaço do sertão amazônico, que foi sendo alargado conforme a necessidade de ir mais e mais fundo na floresta, em busca de índios e Drogas, as duas principais vertentes da economia da Amazônia lusitana, no período colonial.
Palavras-chave: Sertão. Drogas do sertão. Economia colonial.