Este estudo objetiva investigar a emergência da contracultura em Teresina nos anos 1970, tendo como principal vetor a obra do jovem artista e agitador cultural Arnaldo Albuquerque. Arnaldo pertence a uma geração de jovens, autodenominada Curtinália, que desejava demarcar novas experimentações, estéticas e modas, colocando-se diretamente contra as convenções sociais da época. Essa cultura jovem é aqui percebida como amálgama das experiências vividas na pequena capital piauiense com as influências culturais vindas de outras partes do mundo, por meio da crescente globalização. Para empreender essa análise, utilizamos como principais fontes alguns filmes em formato super-8 produzidos por este grupo, sobretudo as primeiras animações piauienses feitas por Arnaldo Albuquerque, como Carcará, pega, mata e come; Vã-pirações e Mergulho; e a HQ Humor Sangrento, também do mesmo autor. O trabalho é norteado pela História Cultural e discussões nos eixos de juventudes, identidades e imagens, tendo como base autores como Michel Foucault (2006), Peter Burke (2019), Sandra Pesavento (2008), Stuart Hall (2006), Durval Muniz (2011), Leon Kaminski (2022), Edwar Castelo Branco (2005) e Fábio Leonardo Brito (2016).
Palavras-chave: História. Cultura. Juventudes. Super-8. Arnaldo Albuquerque.