Joaquim Antonio Alves Ribeiro, nascido em 1830, na cidade de Icó, no interior sul do Ceará, e falecido em 1875 na cidade de Fortaleza, capital do estado; formou-se em medicina pela Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, em 1853, e voltou ao Ceará após a conclusão do curso. Concomitantemente às suas atividades médico-profissionais, constituiu uma coleção pessoal de objetos de história natural, inicialmente para estudos próprios. Doadas, posteriormente, à Província do Ceará, as peças por ele coletadas serviram de base para a criação do Gabinete de História Natural, editou o periódico médico científico A Lancêta, o primeiro do gênero na Província. Realizou estudos sobre a qualidade das águas do açude Pajeú; coletou plantas, animais e minerais para suas pesquisas; trocou correspondência com instituições científicas, jornais e intelectuais dentro e fora do Brasil; importou equipamentos e técnicas em voga no Estados Unidos e na Europa para aplicá-las no Ceará. Mesmo com a extensa lista de realizações o Dr. Alves Ribeiro e suas atividades científicas continuam sendo praticamente desconhecidas dentro e fora do Ceará. O que motiva tal silêncio? Seria possível na história do Ceará e do antigo norte, hoje nordeste brasileiro, uma história que inclusiva da ciência e da tecnologia? Pensar sobre como a historiografia cearense/brasileira constituiu um lugar específico, que permite determinadas afirmações e excluiu outras, é o objetivo da possa apresentação mediados pelas ações empíricas feita pelo Dr. Alves Ribeiro no Ceará na segunda metade do século XIX.
Palavras-chave: Século XIX. Historiografia. Ciência. Ceará. Silêncio.