“Uma pobre terra desprotegida, entregue inteiramente à mercê de semelhante gente”: coronelismo em Santo Antônio do Salto da Onça durante a Primeira República

Autor(a) principal: Vyctor José da Silva Nogueira
Co-autor(a): Samuel Carvalheira de Maupeou

A presente proposta de pesquisa visa compreender o exercício de dominação perpetrado por líderes locais autointitulados como “coronéis” no município de Santo Antônio, RN, no período entre 1890 e 1930. Através da análise de fontes jornalísticas disponíveis na Hemeroteca Digital, busca-se proporcionar uma abordagem abrangente das intrincadas relações de poder que delinearam a realidade local. Os denominados “coronéis”, enquanto figuras proeminentes na esfera política local, exerciam controle sobre recursos cruciais, incluindo terras, cargos públicos e até mesmo o sistema judicial. O expoente máximo desse fenômeno foi o Coronel da Guarda Nacional Rodopiano Fernandes de Azevedo, juntamente com seu irmão José Fernandes de Azevedo. Através de práticas autoritárias, consolidaram seu domínio e asseguraram a perenidade de suas influências políticas, muitas vezes em detrimento do bem-estar coletivo. A influência desta família não se limitava à esfera pública, estendendo-se às decisões da Igreja Católica. Buscamos compreender de que maneira essa família alcançou tal controle e em que momento sua estrutura de poder entrou em declínio. Este estudo almeja lançar luz sobre os mecanismos pelos quais o poder político local se entrelaçava com outras esferas de influência, proporcionando uma análise mais aprofundada da dinâmica socioeconômica e política durante esse significativo período histórico em Santo Antônio do Salto da Onça.

 

Palavras-chave: Primeira República. Coronelismo. Mandonismo. Autoritarismo.