A comunicação aborda a confecção de um álbum de fotografias feitas nas obras do prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité durante a grande seca ocorrida no Ceará entre 1877 e 1879 e oferecido como artefato de celebração pela conclusão dos trabalhos da ferrovia pelo engenheiro Carlos Alberto Morsing, chefe da comissão de construção, ao monarca Pedro II. Além da análise de algumas das fotografias do “Album da Estrada de Ferro de Baturité”, discute-se o significado do registro visual nas obras públicas no Segundo Reinado diante das circunstâncias críticas da seca. Procura-se dialogar com a historiografia sobre a imagem fotográfica no século XIX e interpreta a fotografia como importante registro visual na construção do poder imperial, ao mesmo tempo que se constitui como testemunho de uma história-catástrofe.
Palavras-chave: Fotografia. Engenharia. Seca. História-Catástrofe.