A passagem do século XIX-XX marcou a consolidação do imperialismo enquanto disposição econômica e conduta política das potências mundiais, sendo a lógica da economia global a expansão industrial e financeira, sobre a navegação se dedicaram os mais variados esforços da política diplomática e das relações internacionais. Foi sob esse cenário de novas possibilidades comerciais e do transporte marítimo e fluvial que a Amazônia se revelou enquanto importante rota comercial, seja, na condição de exportadora ou importadora, sobretudo quando do estratégico estabelecimento dos entrepostos ao longo do Caribe. Considerando o recorte temporal, o período analisado é intercalado por duas guerras, a guerra de independência de Cuba, iniciada em 1895, e estendido até o final da Primeira Guerra Mundial, uma vez que tais circunstâncias conjunturais forneceram o campo de atuação das ações diplomáticas, dos impasses e conflitos referentes a navegação e comércio na Amazônia, assim como estratégias e planos de manutenção da neutralidade do Estado Brasileiro diante aos conflitos. Não menos importante foram as tensões pelos conflitos entre o governo federal e os governos estaduais na Amazônia pela realização da autonomia política nos diferentes níveis. Enquanto disposição metodológica, a presente pesquisa recorre a diversificado conjunto documental como, tratados, acordos e documentos internacionais que regulavam a navegação na região, os debates sobre condições de neutralidade e navegabilidade, assim como a atenção dedicada as rotas e produtos comercializados no Mar do Caribe – Amazônia, considerando o relevante papel dos principais gêneros de exportação e importação, respectivamente, a borracha e o carvão mineral. Portanto, à luz da crítica documental, podemos dimensionar as condutas concretas e discursivas da diplomacia brasileira em diversas perspectivas historiográficos, os quais podemos destacar as disposições de liberdade da navegação sob a forma do livre comércio ou de alianças comerciais e a consequente imposição das barreiras protecionistas na região fluvial da Amazônia e do Mar do Caribe na passagem do século XIX-XX.
Palavras-chave: Navegação. Diplomacia. Amazônia. Caribe.
Adria Layanne Pereira Dias
em resposta ao Trabalho
O trabalho chama atenção ao enfocar em uma perspectiva econômica pra Amazônia brasileira e em certa medida internacional. Além disso, os tratados e acordos diplomáticos apresentam um preâmbulo importante para entender a conjuntura em que a Amazônia brasileira estava inserida.
Maycom Cristyan
em resposta ao Trabalho
Muito importante analisar esse panorama político dentro da Amazônia