Como uma exposição de longuíssima duração pode ganhar tamanha representatividade no cenário cultural cearense, que o seu nome, popularmente, fundisse com o próprio nome do museu? Aqui é o Museu do Vaqueiro? Aqui é o Museu do Sertão? Aqui é a Exposição Vaqueiros? Através destes questionamentos, iremos refletir sobre a força simbólica e representativa que a Exposição Vaqueiros do Museu da Cultura Cearense – MCC, equipamento gerido pelo Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – CDMAC, ao longo de 24 anos, tem como um lugar de representatividade da cearencidade perante o público que a frequenta. É através dos caminhos da memória das políticas públicas para o desenvolvimento cultural na cidade de Fortaleza que dissertaremos os caminhos que influenciaram na construção dessa exposição e que através de sua cultura material e representação de sua paisagem, tornou-se um lugar de memória coletiva e social. Os conceitos de lugar de memória (NORA, 1993) e memória coletiva (HALBWACHS, 1968) são arcabouços teóricos chave para a construção da reflexão historiográfica. Os aspectos metodológicos constitutivos para a progressão desta pesquisa, são apoiados em seguimentos pluridisciplinares, na confluência de saberes entre a história oral em Albert (2012) e Portelli (2016), antropologia em Geertz (1989), museologia e educação patrimonial para que melhor possamos compreender a importância profunda que a Exposição Vaqueiros exerce sobre o Museu da Cultura Cearense e o Estado do Ceará.
Palavras-chave: Exposição. Museu. Memória Coletiva. Vaqueiros.